sexta-feira, 20 de agosto de 2010

PIAGET ATENDE APELO DA MINISTRA E LANÇA MÃOS À OBRA

 
A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, manifestou-se preocupada com a onda de demolições de monumentos um pouco por todo o país, defendendo a realização de uma campanha nacional de sensibilização sobre a preservação e valorização do património cultural. A governante fez este pronunciamento na abertura da mesa redonda sobre “o papel dos arquitectos na preservação do património edificado”, realizada segunda-feira última no auditório da Universidade Lusíada, em Luanda, pelo Ministério da Cultura e o Instituto Nacional do Património Cultural. Rosa Cruz e Silva salientou que encontros do género propiciarão uma abertura ao diálogo entre a sociedade e os arquitectos, por estes serem os principais parceiros da cultura na protecção e preservação do património.
 
A ministra acrescentou que, para a protecção do acervo, o Ministério da Cultura realizou um vasto trabalho de levantamento visando a sua classificação, o que no seu entender, não foi tarefa fácil, tendo em conta o défice de técnicos nas instituições culturais.
 
“Espera-se que os estudos históricos, arqueológicos, antropológicos, etimológicos, bem como
arquitectónicos dos patrimónios naturais e culturais, como as Pedras de Pungo Andongo, estejam ao alcance do povo angolano e desta via se garanta a sua preservação”, disse.
 
A governante exortou e desafiou os estudiosos a fazer recurso a documentos de edifícios erguidos na era colonial, constituírem um centro de conhecimento do passado e efectuarem o diálogo entre os produtores desses conhecimentos e a arte de edificar, para com eles encontrarem mecanismos que garantam a preservação de todos os monumentos.
 
O encontro presidido pela titular da pasta da Cultura enquadrou-se na Campanha de Preservação do Património Edificado levada a cabo pelas autoridades nacionais, reunindo técnicos de diferentes áreas, entre os quais arquitectos, engenheiros, antropólogos, historiadores, juristas, Augusto Nunes governantes e estudantes universitários.
 
Na ocasião, Rosa Cruz e Silva realçou a importância do evento e apelou à sociedade, em particular os arquitectos, a preservarem os monumentos e outros edifícios históricos que ainda conservam a identidade cultural dos angolanos.
 
A título de exemplo, citou o património da Quibala e Capanda, “cuja importância histórica retrata os hábitos culturais, ritos e práticas dos seus habitantes que se ativeram no tempo”.
 
A V O Z  D O S  A R Q U I T E C T O S
 
Unânimes quanto à iniciativa da organização, os arquitectos lançaram-se à abordagem de diferentes assuntos relacionados com o programa geral do património edificado, no qual ficou expresso os critérios de classificação, as técnicas para a recuperação, comunicação estética,
marcos legais para a protecção do património edificado do país, condutas de intervenção urbana e arquitectónica, composição clássica e trajectória da gestão do património cultural, entre outros.
 
Neste último tema, apresentado por Emanuel Caboco, o qual designou “Património Histórico Edificado de Angola – Práticas e reflexões”, ficou expresso que os primeiros registos do património ocorreram em 1889, com a classificação oficial atribuída à Estátua de Pedro Alexandrino da Cunha, e em 1922, sobre a Igreja de nossa Senhora da Nazaré, em Luanda. Até 1975 havia 41 edificações tombadas ou classificadas em toda a antiga Colónia de Angola.
 
T R A J E C T Ó R I A D A G E S T Ã O P A T R I M O N I A L
 
Para a classificação e protecção patrimonial eram consideradas apenas as Fortalezas, Igrejas e palácios monumentais tidos pelas autoridades coloniais como os ícones principais da arquitectura portuguesa, tendo nos anos 50 acontecido, em paralelo ao vulto de classificações, um surto de “bota abaixo” na baixa de Luanda.
 
Depois de 1975, com a promulgação do Decreto 80/76, o primeiro levantamento do Património Histórico, Arquitectónico, Cultural e Natural no país ocorreu em 1981.
 
Actualmente a lista inclui aproximadamente 200 edifícios. Destes, apenas 126 estão classificados em várias categorias. Existem também oito paisagens urbanas ou centros históricos. Luanda conhece três períodos que marcaram profundamente o seu tecido urbano: de 1950 a 1960 deram-se demolições, desclassificações, entre outras acções; em 1990 houve uma forte intervenção na cidade alta e baixa; a partir de 2000, mais de 20 monumentos foram demolidos, vários edifícios descaracterizados e ainda alguns estão em vias de demolição.

Fonte: http://www.opais.co.ao/pt/opais/?det=12593&id=1787&mid= 20-08-2010

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Face ao exposto o Professor Mestre em Engenharia Civil e coordenador do Curso de Construção Civil neste universidade escreveu:

Caros Alunos
 
Envio em anexo o artigo do jornal "O País" que lhes mostrei na aula. Este artigo demonstra a importância que o governo está a dar a estes assuntos e portanto dá uma ideia da importância da disciplina (Reabilitação e Construção de Estruturas)
 
Quanto ao trabalho a realizar nesta disciplina ( para aqueles que não foram a ultima aula), terá as seguintes fases;
 
                  1ª Fase ( a fazer num fim de semana de passeio com a família) - Recolha fotográfica de 2 ou 3 edifícios antigos, que estejam em  mau estado de conservação.  Zonas de Benguela, Lobito, Catumbela, Ganda, Cubal, Baía Farta, Baía Azul, Chongoroi, etc.
 
                  2ª Fase - Escolha, comigo e com o Eng. Carlos Machado, do edifício que vai ser objecto do estudo. ( um diferente para cada aluno).
 
                  3ª Fase - Regresso ao imóvel escolhido para levantamento completo das patologias apresentadas assim como dimensões e mais fotos. Pesquisa sobre a história do imóvel ( pelo menos, ano da construção e proprietário original).Tentar saber proprietário actual. 
 
                  4ª Fase - Preenchimento de ficha de classificação do imóvel ( a ser fornecida posteriormente).
 
                  5ª Fase - Recolha e classificação dos trabalhos ( no final do semestre).O trabalho substitui a prova de frequência.

                  6ª Fase -  Apresentação do estudo ás entidades governamentais. Ministério da Cultura e Governo Regional.
 
  Cumprimentos e boas fotos.
 
Jorge E. Matos


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