sexta-feira, 29 de maio de 2009

UniPiaget - soma e segue...

Estamos na recta final das actividades comemorativas do 5º Aniversário da UniPiaget - Pólo de Benguela. Muitas actividades serão, ainda, realizadas até ao dia 31 de Maio (Domingo) altura em que se encerra a jornada comemorativa. Para selar em ouro as festividades uma grandiosa festa no solar dos leões ao som dos Dj´s Capiro e Hp. Na ocasião serão entregues os troféus aos vencedores do torneio de futsal que arrancou sábado dia 10 de Maio. Serão distinto na competição a melhor equipa, melhor marcador e melhor guarda redes. Neste domingo, (31) jogam-se as semi finais e as finais. Haver vamos se a actual tendência e favoritismo se confirma para a selecção do curso de direito ou da secretaria. Enquanto isto, exortamos à todos que participem activamente.
UNIVERSIDADE JEAN PIAGET PROJECTAMOS O SEU FUTURO DAMOS CORPO AOS SEUS SONHOS.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bangula e amigos brilham no show de poesia e trova

O Centro Católico foi palco do espectáculo de poesia e trova, no sábado (23/05), que juntou, na cidade de Benguela, escritores locais, trovadores, fazedores de poesia e curiosos. O escritor Martinho Bangula e o músico Agostinho Sanjambela foram os mentores do evento, que teve entradas grátis. O público homenageou a noite ao colaborar até ao último minuto. Bangula, autor do livro “Sexorcismo-poesia para purificação”, não escondeu as limitações vividas por falta de fundos, mas está motivado a continuar. «Na próxima actividade, é melhorar a música, a iluminação, adornar melhor o espaço. São questões acessórias, o fundamental penso que fizemos», assegurou. Entusiasmado também ficou o declamador Apolo Malheiro. O convite e a actividade representam, disse, «um impulso para nós que estamos a entrar no mundo da poesia». Como músico, o rasta Agostinho Sanjambela esteve no melhor da sua inspiração. Foram dele a guitarra e os coros que deram alma aos declamadores, entre eles o showman Fridolim Kamolakamwe. Como co-organizador, Sanjambela confessa: «Foi uma cena fora de série porque, praticamente, trova e poesia é uma coisa que deixamos de fazer há muito tempo. Queremos reactivar isso como um renascimento». Satisfeita saiu também Margarida Máquina, a trovadora que surpreendeu pela positiva o público, ao ponto de ser apelidada num ciclo restrito por Lauren Hill por causa dos dreadlocks. A actividade foi «muito boa! Incentiva, dá mais vontade de aparecer e continuar». Soube o Blog Angodebates que o evento teve colaborações do Conselho Provincial da Juventude, do Centro de Cultura e Línguas (ONG Leigos para o Desenvolvimento), da Universidade Piaget, bem como dos órgãos de comunicação social locais. Bangula no entanto acrescenta: «E dos meus amigos que vieram aqui cantar, declamar a custo zero».
Gociante Patissa

Laudos da memória

O RIO QUE HÁ EM TI

Nada está destinado. O Futuro não está escrito. Acredite nisso com todas as suas forças. Acredite que há um rio caudaloso que corre dentro de si. Este rio vem de muito longe e, ultrapassa-te de na sua majestosa forma, porém este é o centro das tuas forças. Nunca sabereis pois, qual é a origem deste rio, ou das forças que teimam em nos manter em pé. Todo o deves crer e que; o rio flúi. Nele outros rios flúem. Não deixe morrer este rio que flúi dentro de ti – este é o rio da vida, o rio da tua vida.

De várias cores e formas, suas águas dão-nos as forças de que precisamos para suster o fôlego da vida. Em cada turbilhão que se forma ao lançarmos uma partícula minúscula sólida sobre seu leito, podemos folhear um espectáculo de cores, a que se chama agualusa. Em cada um daqueles traços coloridos, existem impregnados vários sonhos a espera do momento da sua realização. E você e que os deve transportar para o plano da realidade. É preciso que te fortaleças constantemente, a medida dos desgastes. Ache em cada carga negativa de poluente lançando na atmosfera, um punhado de protões no sangue da imensa amazónia.

Não importa se você vive rodeado de barbaridades. O teu rio não é culpado e, certamente não justo negar a passagem para o plano real, a estes lindos traços coloridos que te encantam a vista, os teus sonhos. Eu também já fui incrédulo. Juro. Mas, hoje, sei que as coisas se processam, assim mesmo.

Trate-me por Lazaro. Sou guarda destas florestas há anos. No princípio não havia tudo isto; máquinas arrastando troncos, serras cortando troncos, homens vendendo troncos. Antes não haviam tantos troncos, haviam sim, árvores e, isto era uma floresta e, não um campo em desmatação e, eu era um guarda florestal e, não um guarda de estaleiro em destruição.

Há alguns anos atrás decide que me chamaria Lazaro. Este não o meu nome próprio. Mas, sempre quis que fosse – agora já é.

Sempre que posso, quando por escassos minutos, não há serras cortando tronos, nem máquinas arrastando troncos, deixou-me assaltar por essas ideia de paz. Imagino que estou nesse lugar com você. Recrio a tua presença. Sinto-te ainda, agarrada no meu tronco., como galho firme e dás confiança. Isto é tudo o que mentalizei, ao longo de todos estes anos de desterro, nesta floresta em desmatação. Mentalizei tanto isto, que hoje não há outra realidade mais real, nem presença mais corpórea que essa ilusão imaginativa de possuir-te, mesmo que na distância, também por isso, ainda te amo com mesma intensidade de sempre.

Sempre te amei e, nunca escondi este sentimento de ti e de ninguém, excepto de mim mesmo. A miopia desta devastação deixam nublado o céu por onde me convidas a voar. Tenho Medo. Não me sinto capaz de alcançar o infinito, o infinito real. Creio que, talvez, se não geminássemos de sementes tão distintas, teríamos os mesmos olhos para alancar o além infinito e as mesmas asas para o eterno regresso.

O meu nome próprio é Osvaldo Inácio. Mas, como já disse; quero que me tratam por Lazaro. É nome de um personagem bíblico que muito admirei na minha infância. Afeiçoei-me pelo nome, não sei porque, nunca quis saber. Não costumo, ao contraria da maioria das pessoas, buscar razões especiais, para questões especiais. Para mim, tudo é como o amor. Ama-se porque ama-se. Não há razões especiais para se amar alguém ou, melhor não há razão nenhuma para se amar. Assim como as orquídeas exibem a sua beleza a qualquer um destas operários que passa nesta floresta, independentemente de ele, ser que a vai destruir, e as lianas se agarram fraternas a estas velhas arvores que insistem em viver solitárias, sem nenhuma razão especial. No princípio andei equivocado. Pensei que amava esta paisagem pela sua beleza e ingenuidade, porém, hoje sei que não é por isso. Nem por aquilo também. Apenas as amo. Amo-as assim como respiro. Involuntariamente. Não certo pensar que respiramos para viver, não há nenhuma razão especial para realizarmos esta actividade vital a nossa existência.

Portanto, deixe correr o rio que existe dentro de ti. Pare de tentar explicar as coisas. Use esta tua tensão de descobertas para outras coisas. Por exemplo, até que ponto és estúpido

segunda-feira, 18 de maio de 2009

5º Aniversário

Já arrancou o torneio de Futsal “Taça Oliveira Cruz”

No quadro das festividades do 5º aniversário da Universidade Jean Piaget – Pólo de Benguela, realiza-se o torneio de futebol de salão inter-cursos.

O torneio foi aberto no dia 10 de Maio, na presença do senhor Reitor da UniPiaget de Angola, Professor Douro José Henriques Leitão, altos responsáveis da instituição, estudantes e convidados.

Estão escritas (5) equipas, representando os cursos de Informática, Direito, Electromecânica, Construção Civil e Economia. Uma sexta equipa em representação dos funcionários da universidade.

Até a data estão feitos 4 jogos e eliminada a equipa de informática por ter perdido todos os jogos. Franklin, atleta da equipa dos funcionários da instituição é o melhor marcador do torneio.

Os jogos são realizados aos sábados e domingos as 16 horas no campo de jogos matrindidi em Benguela, e decorrem até ao domingo, dia 31 de Maio. A entrega de troféus acontecerá na festa dos estudantes.

5º Aniversário

No dia da Piaget A igreja foi pequena para o júbilo de tantas almas
A direcção da UniPiaget, não quis deixar ninguém de fora, no quadro das comemorações do seu 5º Aniversário. Foi assim, que realizou no sábado dia 10 de Maio, na igreja da sé - catedral de Benguela uma missa de acção de graças. O objectivo foi agradecer a Deus por conduzir a instituição pelos caminhos paz e do progresso e lembrar todos estudantes que já partiram ao encontro do pai. A homilia foi feita pelo Padre Tchimboto que na ocasião apelou a unidade e entrega de todos os membros da comunidade para o projecto piagetino, não tendo esquecido de agradecer a todos que têm tomado parte desta grande obra. A adoração foi animada por um coral de jovens estudantes da UniPiaget e foi assistida por perto de uma centena de fieis e não só.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Unipiaget de Benguela, cinco anos de vida!

Cinco anos não perfazem tão longo tempo. Mas a vida das instituições é, de certo modo, como a das pessoas: o que conta, realmente, não é a extensão dos anos, mas a intensidade de vida, a qualidade de vida. Temos mil motivos para felicitar a Unipiaget de Benguela. A imponência do seu edifício, erguido sob o olhar meigo da Senhora da Graça, admira os passantes, orgulha os utentes, enobrece os fautores. Mas não é a imponência do edifício, nem o frescor dos interiores, nem o formigar dos estudantes. O metro para aquilatar o valor de uma universidade não está apenas no visível. O valor de uma comunidade académica será medido, antes de mais, pela moldagem interior que a formação vai paciente e resolutamente produzindo no estudante, em ordem à criação de um verdadeiro homem de letras e de ciências. Se um dia o país e o mundo serão gratos ao trabalho da Unipiaget de Benguela, será pela responsabilidade científica e técnica dos seus formados. E, nisto, os frutos afiguram-se promissores e sem medida.

1. Aos Fundadores

Sinto-me no dever grato de recordar nomes a que a Unipiaget de Benguela será sempre devedora de gratidão.

· Trata-se do Presidente e Fundador do Instituto Piaget internacional, o Professor António Oliveira Cruz, que, depois de Luanda, quis estender a Benguela, tendo ele vindo pessoalmente até junto das autoridades locais, acompanhado por José Manuel da Rocha e Pedro Domingos Peterson, administrador geral e reitor da universidade em Luanda, espectivamente;

· Recordamos com gratidão o nome da Dra. Maria José Lopes Ferreira, aquela que dessa casa conheceu as dores de parto, aquela que a viu nascer. Foi esta jovem mulher que, contra todos os preconceitos, tirou Piaget do berço e lhe ensaiou, mão na mão, os primeiros passos;

· Devo recordar os meus colegas do 1º Conselho Científico fundador: Prof. Doutor Pe. Paulino Lukamba e Dr. David Bóio. Nós os três, qual pilares duma obra que veio para perdurar, provámos que era possível criar quase ex nihilo uma casa de ciência, na dimensão e ambição da Piaget, ou seja, administrar a ciência e a tecnologia sob signo ética e do humanismo, como o quis o fundador.

· Devo recordar, é certo, todos os nossos professores que, desde a primeira hora se dão a esta nobre obra e, com eles, os primeiros funcionários dos serviços, dos jardins, bem como os todos estudantes do nosso histórico ano zero...

2. Aos Docentes

A qualidade do ensino universitário depende, certo, da qualidade dos docentes. Nós os docentes conhecemos a nobreza e a responsabilidade da nossa missão. Devemos conhecer e viver também a humildade e honestidade científica de reconhecer quanto precisamos de ler, estudar e pesquisar. Só uma bagagem vasta e continuamente renovada nos proverá condições para abordar com desassombro os conteúdos lectivos a nós acometidos. A universidade é uma forma de vida colectiva e social, onde convivem e cruzam interesses mais ou menos aparentados. Há certamente um interesse comum: buscar e servir a ciência. E somos todos responsáveis para que estes objectivos sejam atingidos. Mas o nosso encontro com os estudantes debaixo dos tectos da Piaget deve criar também relações humanas e humanizantes. A nossa comunidade humana – uma comunidade que (segundo a história dos seus fundadores) teve gestação em valores humanistas – vai além dos interesses pessoais e egoísticos. Sabemos nós que o horizonte verdadeiramente humano não se vislumbra senão com os olhos de altruísmo e filantropia. Para muitos de nós (para todos nós) servir o irmão, formá-lo científica e humanamente deverá ser o primeiro e o mais importante estipêndio a receber. Na verdade, o serviço de formar, nas suas vertentes mais genuínas, nunca será recompensado com valores pecuniários do módulo lectivo. De resto, se os ramos humildes da videira piagetina que somos nós produzirem algum fruto, se dos nossos rebentos mais tenros brotar uvas sábias, destinadas a saciar a sede das gentes, como não seremos gratos, e infinitamente gratos?! Colegas meus, a nossa missão não é nada ingrata, só os calendários é que estão atrasados. Seremos recompensados infinitamente, mesmo quando já não estivermos neste mundo.

3. Aos Estudantes

Deveis zelar pelo património que juntos estais a construir e que deverá ser herança dos vindouros. A dedicação dos vossos professores deve ser recompensada com atitudes de respeito e gratidão. Assim, a vossa aplicação de estudantes deverá ser retribuída com empenhamento generoso dos docentes. O respeito pelos colegas, o pedido de perdão ao homem da segurança por ter passado por ele sem o cumprimentar, o antecipar-se a apanhar a caneta do colega que cai, o evitar má-língua, fofocas e descortesia… aqui estão os elementos do BI de uma comunidade académica civilizada.

Hoje temos muito vandalismo na cidade, na universidade também. Colegas vossos há que passam pelas salas e pelos corredores da Universidade como se de casa emprestada se tratasse, poluem a acústica com gargalhadas e gritos estapafúrdios… Mas o que mais deve preocupar o bom senso são aqueles que da universidade exigem tudo, menos o que devem efectivamente exigir: a ciência. Há quem pensa estar a pagar propinas não para ter aulas em vista de conhecimentos, mas para ter nota e canudo de doutor. São poucos felizmente! Mas existem e merecem, da nossa parte, não repúdio ou desprezo. São irmãos doentes da nossa família, devem ser levados à clínica… se todos vós que sois bons empregardes esforços para salvar o ramo infrutífero que é o colega, ganharemos mais uvas para o lagar da casa. Quer dizer, precisamos de criar mentalidade universitária, rejeitando decisivamente o mercantilismo.

A instrução, a escola e a formação em geral são importantíssimas. Fechem as escolas. Vereis as cadeias engarrafadas e o policiamento precisará de ter policiamento! A escola, depois da família e da Igreja, é lugar mais importante de socialização e de construção do homem e do humano. A escola é uma legítima extensão da família. E casos há em que a escola não prolonga a família, mas substitui-a naquilo que esta é omissa. Por isso, os estudantes mais irrequietos devem ser tratados com indulgência e compreensão pelos colegas e pelos professores. Quem sabe se não seremos nós a única família formativa que ele tem?

Aniversário…São cinco anos de vida. Um passado curto, mas rico. Montanhas de futuros por galgar. Piagetinos, o futuro não se herda, cria-se. Criar é tirar do nada, é sonhar cruzar horizontes nunca andados. Se, em cinco anos, das poeiras do Bairro da Graça o génio de Oliveira Cruz fez nascer uma obra tão imponente, o que será de nós nos próximos dez anos?! Mas é Deus que dispõe. O homem apenas propõe. Sejamos dóceis a suas inspirações e que Ele nos abençoe!

Benguela, 10 de Maio de 2009

Pe. Tchimboto, PhD

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Universidade Jean Piaget de Angola surge no âmbito do acordo de cooperação, celebrado a 8 de Julho de 1998, entre o Ministério da Educação e Cultura da República de Angola e o Instituto Piaget de Portugal. O pólo de Benguela arrancou a 10 de Maio de 2004, sob a responsabilidade da Dra. Maria José Ferreira, e eram leccionados somente os cursos de economia de gestão, enfermagem, sociologia e direito. Contava com pouco mais de quatro salas de aulas. Actualmente possui cerca de duas dezenas de salas de aulas, laboratórios, anfiteatros e ministra um total de sete cursos: Sociologia, Direito, Construção Civil, Enfermagem, Electromecânica, Psicologia Clínica, Informática. No presente o Engenheiro Mário Rui é o administrador do pólo de Benguela.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

5ª Aniversário da UniPiaget Benguela

A UniPiaget realiza neste sábado dia 9 de maio uma palestra sobre a vida de Jean Piaget, seu patrono. A mesma será proferida pelo seu reitor o Doutor José Leitão, no anfiteatro nº. 2 com início pelas 9 horas . Estão todos convidados. _________________________________________________ Aló aló malta universitária: Começa neste domingo dia 10 de Maio, o torneio de futebol de salão "Oliveira Cruz". Inscreva-te já! Faça aparte do teu curso. Não percam! Os jogos serão realizados somente aos domingos (durante 3 domingos consecutivos) no campo de jogos da escola do II Ciclo junto ao Liceu Cdte. Kassanji, com início as 15h30. Maio mês da cidade, mês da Universidade

A juventude e a literatura: Um caso a pensar (Parte I)

A LITERATURA COMO INSTRUMENTO DE AFIRMAÇÃO DOS JOVENS ANGOLANOS

Martinho Bangula[1]

À figura do dever, seja ele de essência teológica ou resultante do culto laico da abnegação, a nossa época opõe uma cultura hedonista-utilitarista do «cada um por si». Devemos lamenta-lo?

Seguramente que não. O nosso mundo, onde o individuo não parece ter outro horizonte que ele próprio, tem menos necessidade de cruzadas virtuosas que uma ética da responsabilidade. Mais modesta, esta privilegia lógicas dialogadas e não contraditarias, pragmáticas e não encantatórias. Em resumo um compromisso sábio entre o possível e o ideal”

Gilles Lipovetsky – Filosofo e sociólogo.

Não há dúvidas que vivemos numa sociedade em busca de valores. Neste sentido, o pensamento de Gilles autor de Le crépuscule du devoir e de L´Empire de l´éphémère, ilustra bem este cenário. Um cenário de perda e desestruturação funcional quase generalizada.

A sociedade em que vivemos há muito deixou de seguir os ditames da agregação humana e se propõe a cada dia criar novos cânones para a humanidade, fazendo do passado arqui-inimigo do progresso. Aqui começa a minha reflexão sobre o assunto: os jovens e a literatura. Certamente o que mais interessa, aos presentes neste encontro, é saber se a juventude lê ou não e porque? Eu colocaria a questão noutros termos:

1. Quem são os jovens de hoje?

2. O que a literatura

3. Qual é o sua posição no contexto das sua congéneres?

4. O que faz a sociedade pelo jovens?

Estas são, na minha opinião, as premissas para compreendermos o fenómeno: juventude e o interesse pela literatura.

Assim, muito brevemente me discorro sobre estas quatro premissas:

  • Quem são os jovens de hoje? Como estudante de sociologia afirmo: são um grupo etário que compreende a faixa dos 18 aos 35/35 anos. São sujeitos, na sua maioria, sem empregos, acesso à formação de qualidade, provêem de lares desagregados e são vítimas da rotulagem e estereótipos sociais, etc.
  • O que a literatura? No sentido em que abordamos aqui, ela é uma forma de expressão artística, que consiste na manifestação de sentimentos, atitudes, narração ou descrição de acontecimentos.
  • Qual é a sua posição no contexto das suas congéneres? A literatura, diferente de outras manifestações artísticas, desde os seus primórdios que constitui apanágio de poucos. A música, a dança, o teatro a outras mais artes, sempre tiveram mais paralisantes e consumidores que a literatura, devido ao carácter erudito que as sociedades teimam em lhe emprestar. Para se fazer literatura é preciso em primeira instância saber escrever e possuir certa imaginação. Mas para consumir basta saber ler. Não é necessário ter imaginação ou ser erudito para se ler, pelo contrário, a leitura é que torna o indivíduo criativo e erudito. Portanto é um erro da humanidade ter “elitizado” esta arte. Diante deste quadro devemos considerar os entraves seguintes: O preconceito histórico e a desestruturação da escola e outras instituições de socialização.

No primeiro caso o que sucede é que os indivíduos não se sentem impelidos a ler porque sabem que não é apanágio de todos e a sociedade não os motivas porque consentiu somente alguns podem. Isto é errado. Pois o escritor peruano Mário Vargas já afirmara que “ a literatura, por sua vez, foi e, enquanto existir, continuará sendo um denominador comum da experiência humana”.


[1] Martinho Bangula estuda sociologia na Universidade Jean Piaget, ensina generalidades na escola pública desde 2003. Exerce jornalismo radiofónico e mantém um blog sobre academia, ciência e cultura na internet. É comentarista sobre T.I e Cultura contemporânea. É secretário provincial da B.J.L.A. Como escritor publicou em 2008 “Sexorcismo – poesia para purificação”.

O a e i o u que nunca aprendestes

A letra - A

Aka! noivou!um jurista noivou recentemente, algures na província de Benguela, valeu mano. Está a caminho de se realizar um acto solene e público, juízo mano. Na véspera desse acto a notícia espalhou-se e uma dama ficou doente, foi coincidência ou a notícia caiu-lhe muito mal? Se for a noticia aconselhou-a a ouvir a música de Anselmo ralph há quem queira. Coragem mana.

A letra - E

Engraçado! Engraçado é o que aconteceu com um colega, chegou atrasado no ultimo tempo vindo do “salo”o prof…deixou-o entrar, mal sentou e o seu maldito telélé toca . O prof… pediu p´ra sair e o madié bazou.É como se diz tanto esforço para nada.

A letra - I

Ingresso. Ingresso de novos estudantes no Piaget 2009,é uma mais-valia para o país. Meus manos e minhas manas sentam-se a vontade e boas notas.

A letra - O

Ouvir! Ouvir o disco mentalidade de afroman o “yannick”é conhecer um pouco da realidade do pais. É uma maneira sui generis de cantar o que nos toca a todos. Há mudança? ou isto continua a ser Angola?

A letra – U

Uma dica. Uma dica “malaike”, infelizmente ainda há colegas que se irritam ou criam mau ambiente quando alguém pergunta ou dá subsídios as aulas, pensam que ser estudante universitário é ouvir, escrever, e calar sempre, Como cantou o outro “caras deles tipo nada”. Esquecem que é dentro da sala que se eliminam as “anomalias”. Portanto estejam mais um pouco preocupados com a ciência.

Meus manos e minhas manas, é sempre assim …

“O poeta que não é poeta”

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