terça-feira, 3 de novembro de 2009

A RESPOSTA

A CO-RESPONSABILIZAÇÃO
Por Chipilca Eduardo
Ao meu Caríssimo Bangula
Li atentamente a proposta de discussão o grande artigo de Bangula intitulado co-responsabilidade. Bangula é meu kamba de a longa data, no mundo das letras, antes que me esqueça como anda a brigada jovem de literatura em Benguela? Concordo de facto com alguma das suas opiniões francas e frontais, confesso que reli muitas vezes todavia quero ajuda-lo a reflectir comigo algumas suas omissões. Desde já, digo-lhe que faço com imbuído do espírito de independência e imparcialidade. Eis os meus “pobres” pensamentos. - Qual é conceito de estudante? Qual é o contributo de cada um? Como alguns chegaram até a universidade? Porque que não se tem cultura do debate, ler, ouvir e assistir noticiários? Meu caríssimo Bangula, trata-se de valores que se cultivam, não se impõem. Muitos destes alunos não os têm mas, deviam e isto é grave! Sabes que os exemplos que temos de ascensão de cargos públicos e de grandes empresas em Angola (com a devida vénia aos melhores) não têm sido lá grandes contributos ao estímulo da excelência e competência profissionais. A” cunhagem”(as facilidades e a cor partidária) ao meu ver contribuem e de que maneira aos desprezos pelo estudo e o desleixo, nome da família garante bom emprego, ,bolsa (já agora leste os requisitos para um bolsa interna? Quanto as bolsas externas ,vão os melhores? Diga-me quais são os requisitos ?) O mercado nunca será selectivo em Angola, enquanto a competência for posta de parte. Quantas organizações de festas e concursos de misss existem? Qual é aderência? Se for tanta, porque que não acontecem nos eventos verdadeiramente educativos? Quantas festas se realizam em cada fim-de-semana em Angola? Ninguém sabe os motivos? Quantos aos governantes é preciso um estudo profundo sobre estes males, pois por excelência são pessoas de idóneas. Reinam a onda do deixa a vida me levar. Um apelo aos verdadeiros cidadãos deste país analise enquanto existirem práticas desonestas e a promoção amorosa baseadas no compadrio e outros facilitismos. Existe um politica seria de ensino em Angola? Meu caro Bangula, a dado momento no seu artigo, falastes de uma semana científica que nas entrelinhas percebi que seria um fiasco! Não concordo. Diz um provérbio chinês que, uma grande viagem começa com um passo. É preciso que cada um de nós dê este passo, pois é isto que nos fará diferentes. Foi apenas para abrir o apetite, não para criar fogo cruzado. Fico por aqui... o poeta que não é poeta.

domingo, 1 de novembro de 2009

RESPOSTA AO ARTIGO

A CO-RESPONSABILIZAÇÃO
Há já algum tempo que não rabisco algumas linhas, nesta página reservada ao editor. As razões foram várias, e não interessa aqui menciona-las. O certo é que, não é boa a razão que me leva a escrever de novo. Cá vamos; É como muito desagrado que temos constatado uma certa tendência por parte dos nossos estudantes em vandalizar o nosso Jornal Mural “ O Universitário”. Fazem observações descabidas, corrigem erros que não existem, assinam nas margens das folhas, em fim, profanam este, que seria o nosso “santuário” do debate aberto, franco e participativo. Devemos aqui, reconhecer as nossas falhas ortográficas e por isso, agradecemos desde já à todos quantos têm nos ajudado a corrigi-las, ao mesmo tempo que pedimos pelo facto, desculpas aos caros leitores. Voltando à vaca fria, estes estudantes que tentam sem sucesso desencorajar a nossa produção, não sabem que estão a dar um tiro “para as suas próprias pernas”. O jornal mural é de todos. Mesmo que apenas alguns se oferecem a escrever para ele, todos o lêem, ou pelo menos deviam. Consterna-nos bastante saber que nossa universidade com cerca de dois mil alunos, apenas três escreveram algumas vezes artigos ou outro tipo de matéria em mais de cinco meses de existência do jornal mural. Este cenário obriga-nos a corroborar com a ideia de que, há estudantes na nossa universidade que não estão interessados na academia, no saber e no debate de ideias. Estão apenas preocupados em passar de ano. Porém não queremos acreditar que esta seja a verdade sobre o assunto. Mas, escrever nas margens das matérias do jornal é uma prática condenável e vergonhosa para um estudante do ensino superior. É verdade que, sempre que posso, desabafo com professores e estudantes sobre o facto de não escreverem para o jornal. Todos se desculpam de mil maneiras, nem sempre diferentes. Alegar que a vida anda muito corrida, por isso, não pode escrever um texto para jornal em seis meses, não certamente plausível para quem frequenta a universidade ou por outra, para quem busca o saber. Outro dia estava eu, a mexer com os meus pauzinhos, quando me ocorreu a ideia de promover um ciclo de palestras com os estudantes, uma espécie de “semana científica”, ou “semana de debates” em que, seriam os próprios estudantes a palestrarem, a defenderem ou criticarem teorias e ideias, coisas que se fazem nas universidades sérias. Mas, definitivamente, com todo o respeito às excepções, há cá muita gente a brincar de estudar. Pois, não é concebível que um universitário não frequenta debates e palestras promovidas pela sua própria unidade de ensino, não ouve as notícias, nem lê jornais, não consegue formular um ideia sobre um facto social simples! Que tipo de profissionais estamos a formar? Precisamos ser coerentes connosco mesmos! Devemos questionar a qualidade de ensino que nos propormos oferecer. A formação universitária de qualidade não nos será dada pelas belas salas e o moderno equipamento que possuímos antes sim, pelo esforço individual e colectivo que empreendermos no sentido da auto responsabilização e partilha de obrigações. A direcção da universidade tem que deixar de pensar que a sua parte é apenas criar condições matérias de ensino e colocar os professores diante dos estudantes e os estudantes devem desfadar –se da ideia de que na universidade ninguém lhe exige nada, desde que pague as suas propinas, o resto é do fórum pessoal ninguém tem nada a ver. Este estado de coisas, só irá exacerbar as abismais discrepâncias que adornam o mosaico de quadro angolanos quando comparados em; formados em Angola e formados no exterior. Deixemo-nos de falsidades, ninguém pode se arrogar ao direito de considerar a qualidade da sua formação uma questão pessoal. Aquela estória do “o mercado será selectivo, quem não se esforçar será adiante punido pela própria sociedade”, só serve mesmo de muleta para os quem já não quer caminhar. A qualidade da formação de qualquer um de nós, diz respeito a todos. É uma questão de segurança nacional. É sim, não estou a alarmar nada. Imaginemos que assim, continuem as coisas para todo sempre, não teremos confiança nos nossos quadros, em outras palavras, não estaremos seguros da qualidade dos quadros nacionais. Estas linhas foram escritas com o fim de provocar um diálogo entre todos os membros da nossa comunidade académica. Há perguntas que devem ser respondidas. É tudo um exercício de co-responsabilização.
TCHIPLICA EDUARDO

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

CRÓNICAS DO NOSSO MUNDO

UM ACORDEÃO EM LISBOA

Por: JAIME AZULAY*

O que me seduz nas grandes cidades não são as torres de betão, com espelhos que não devolvem sorrisos, nem o chamariz dos reclames luminosos digladiando nas fachadas dos edifícios: –“compra-me, compra-me, sou melhor que este e mais barato que aqueloutro! Existe sempre um vagido Humano, gritando Liberdade na gélida floresta de concreto. Certo dia, navegava perdido no mar cosmopolita de Lisboa. Repentinamente, dei comigo encalhado numa ilhota singela, que o destino fez chegar até mim, sob a forma de inebriantes notas musicais. O som vinha das entranhas de um acordeão, que as mãos calosas de um velho cego faziam contorcer, num canto do metropolitano. Estava em Entrecampos.

As hordas humanas fluíam aos magotes, como carne empacotada, a subir e a descer das carruagens do metro, alheias aos gemidos suplicantes do artista solitário. Esporadicamente, uma mão apressada soltava uma moeda, que ia anichar-se num pequeno prato que o músico tinha diante de si.

Fui tragado pelo sublime chamamento, como acontece no mar aos marinheiros que ouvem o canto das sereias. Aproximei-me lentamente do velho. Ele tinha um rosto bexigoso e arredondado. Dos lábios irrequietos, pendia, displicente, uma beata de cigarro embebida em saliva escura. A sua figura divina diluía-se numa auréola de inquietante genialidade. Era como se dele não emanasse, sequer, um sopro de mortalidade. Somente espírito sereno vagando na imensidão.

Ao vê-lo tactear o acordeão, vislumbrei a fragilidade da existência terrena a exaurir-se, sem glórias nem honras, nas teias do egoísmo desmesurado e da petulante hipocrisia. Naquele instante crucial, desenhava-se ali a nossa angustiante encruzilhada: A vida seria ainda um sonho virgem, sonhado no regaço do universo infinito, ou já a tormenta do cosmos prostituído pelos foguetes espaciais? Ou talvez fosse, simultaneamente, tudo e nada, uma massa confusa de ódio e amor, lealdade e traição indissolúveis?

A música serpenteava no túnel em vagas sucessivas, como as ondas do mar, buscando com ansiedade, a essência dos seres e das coisas. Fundia-se no útero da terra ao magma dos vulcões adormecidos, que aguardam o sublime instante da majestosa erupção. O fole do acordeão vibrava, em cadência ora branda ora intensa, até ao limite virtuoso de um orgasmo sem fronteiras, o vulcão expelindo a pujante lava cor-de-fogo escorrendo pelas coxas da montanha verdejante.

Da garganta do velho gotejavam sussurros, que se iam ajustando, mansamente, à voz piedosa do acordeão. As notas musicais rodopiavam na partitura da virtude humilhada, do mesmo modo que rolam pela face dos amantes as lágrimas salgadas do amor perdido numa qualquer esquina da vida. Por instantes, a música ameaçava naufragar no oceano revolto da arrebatadora paixão, mas logo retornava, feita espuma nostálgica, atirada às praias da impossível renúncia.

As notas graves exilavam-se, resignadas, numa toada repetitiva, cadenciada no compasso das inalações sôfregas do fole, enquanto os dedos da mão direita cavalgavam as teclas como fogosos corcéis, galopando livremente pelas anharas da melancolia. E de novo bramia o canto da dor indizível, balançando na perfídia do mar escuro, e outra vez a harmonia branda a cobrir a areia fina do amor inocente, sem mágoas nem prantos.

Quando, finalmente, se extinguíram os acordes da sinfonia divina, o velho cego ergueu ligeiramente a cabeça, como quem destapa um segredo. Escondido sob o feltro do chapéu seboso, o seu semblante mágico banhava-se num indescritível lago de serenidade.

Foi numa manhã de inverno, que vi em Lisboa essa estrela fugaz riscando no céu o hino do amor.

*Estudante do curso de Direito

A CO-RESPONSABILIZAÇÃO

Há já algum tempo que não rabisco algumas linhas, nesta página reservada ao editor. As razões foram várias, e não interessa aqui menciona-las. O certo é que, não é boa a razão que me leva a escrever de novo. Cá vamos; É como muito desagrado que temos constatado uma certa tendência por parte dos nossos estudantes em vandalizar o nosso Jornal Mural “ O Universitário”. Fazem observações descabidas, corrigem erros que não existem, assinam nas margens das folhas, em fim, profanam este, que seria o nosso “santuário” do debate aberto, franco e participativo. Devemos aqui, reconhecer as nossas falhas ortográficas e por isso, agradecemos desde já à todos quantos têm nos ajudado a corrigi-las, ao mesmo tempo que pedimos pelo facto, desculpas aos caros leitores. Voltando à vaca fria, estes estudantes que tentam sem sucesso desencorajar a nossa produção, não sabem que estão a dar um tiro “para as suas próprias pernas”. O jornal mural é de todos. Mesmo que apenas alguns se oferecem a escrever para ele, todos o lêem, ou pelo menos deviam. Consterna-nos bastante saber que nossa universidade com cerca de dois mil alunos, apenas três escreveram algumas vezes artigos ou outro tipo de matéria em mais de cinco meses de existência do jornal mural. Este cenário obriga-nos a corroborar com a ideia de que, há estudantes na nossa universidade que não estão interessados na academia, no saber e no debate de ideias. Estão apenas preocupados em passar de ano. Porém não queremos acreditar que esta seja a verdade sobre o assunto. Mas, escrever nas margens das matérias do jornal é uma prática condenável e vergonhosa para um estudante do ensino superior. É verdade que, sempre que posso, desabafo com professores e estudantes sobre o facto de não escreverem para o jornal. Todos se desculpam de mil maneiras, nem sempre diferentes. Alegar que a vida anda muito corrida, por isso, não pode escrever um texto para jornal em seis meses, não certamente plausível para quem frequenta a universidade ou por outra, para quem busca o saber. Outro dia estava eu, a mexer com os meus pauzinhos, quando me ocorreu a ideia de promover um ciclo de palestras com os estudantes, uma espécie de “semana científica”, ou “semana de debates” em que, seriam os próprios estudantes a palestrarem, a defenderem ou criticarem teorias e ideias, coisas que se fazem nas universidades sérias. Mas, definitivamente, com todo o respeito às excepções, há cá muita gente a brincar de estudar. Pois, não é concebível que um universitário não frequenta debates e palestras promovidas pela sua própria unidade de ensino, não ouve as notícias, nem lê jornais, não consegue formular um ideia sobre um facto social simples! Que tipo de profissionais estamos a formar? Precisamos ser coerentes connosco mesmos! Devemos questionar a qualidade de ensino que nos propormos oferecer. A formação universitária de qualidade não nos será dada pelas belas salas e o moderno equipamento que possuímos antes sim, pelo esforço individual e colectivo que empreendermos no sentido da auto responsabilização e partilha de obrigações. A direcção da universidade tem que deixar de pensar que a sua parte é apenas criar condições matérias de ensino e colocar os professores diante dos estudantes e os estudantes devem desfadar –se da ideia de que na universidade ninguém lhe exige nada, desde que pague as suas propinas, o resto é do fórum pessoal ninguém tem nada a ver. Este estado de coisas, só irá exacerbar as abismais discrepâncias que adornam o mosaico de quadro angolanos quando comparados em; formados em Angola e formados no exterior. Deixemo-nos de falsidades, ninguém pode se arrogar ao direito de considerar a qualidade da sua formação uma questão pessoal. Aquela estória do “o mercado será selectivo, quem não se esforçar será adiante punido pela própria sociedade”, só serve mesmo de muleta para os quem já não quer caminhar. A qualidade da formação de qualquer um de nós, diz respeito a todos. É uma questão de segurança nacional. É sim, não estou a alarmar nada. Imaginemos que assim, continuem as coisas para todo sempre, não teremos confiança nos nossos quadros, em outras palavras, não estaremos seguros da qualidade dos quadros nacionais. Estas linhas foram escritas com o fim de provocar um diálogo entre todos os membros da nossa comunidade académica. Há perguntas que devem ser respondidas. É tudo um exercício de co-responsabilização.
O EDITOR

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Prostituição: um mal a Combater

A minha dissertação parte de uma reportagem que a TPA exibiu sobre a feira da saúde. Uma das ONG’s presentes na feira apelou a sociedade angolana a prevenir-se do HIV/SIDA, usando camisa de vénus nas relações sexuais ocasionais. E direccionou a sua acção especialmente às ditas “Trabalhadoras de Sexo” vulgo ‘prostitutas’, distribuindo os preservativos e sensibilizando-as sobre os riscos desta doença. Lançou um alerta às suas consciências para que se prevenissem das doenças sexualmente transmissíveis, principalmente do HIV/SIDA, usando os ditos preservativos quando estivessem em pleno exercício das suas funções, como se de uma profissão juridicamente reconhecida se tratasse.

A intenção de prevenir o povo desta doença do século é boa, mas direccionar tal sensibilização às “trabalhadoras de sexo” estaríamos a incentivar a prostituição, a admiti-la como uma profissão normal como as outras.

Que eu saiba, em Angola, das profissões que existem, a prostituição não está elencada. E ninguém paga o IRT (Imposto de Rendimento de Trabalho) pelo exercício daquela actividade (sexual); e como se não bastasse o Estado angolano não reconheceu ainda o trabalho de sexo como uma profissão. E se reconhecesse seria uma ofensa à moral pública, porque ofenderia a consciência moral do povo angolano que é eminentemente cristão. Além disso, estamos numa fase de resgate dos valores cívico-morais, perdidos por vários factores sociais, principalmente pelo factor guerra.

Angola tem carência de recursos humanos para a sua reconstrução mais célere. As mulheres que se entregam à prostituição para ganharem a vida, deviam ser aproveitadas para colmatarem o défice da força de trabalho que o país precisa, ao invés de sensibilizá-las para usarem preservativos nas relações sexuais.

É claro que cada um é livre em escolher a profissão que quiser; este é um direito constitucionalmente consagrado (art. 46º/3 L.C). Mas deve ser uma profissão digna à pessoa humana. Ora, a meu ver a prostituição não é uma profissão digna, na medida em que implica a exploração sexual da pessoa que se pode envolver com qualquer sujeito, pondo a própria vida em perigo, pois das várias relações que vier a ter poderá contrair qualquer doença venérea. Por isso, o Estado deve proibir todas a profissões que atentem contra a saúde e a vida da pessoa humana, aliás, esta é uma das muitas obrigações do Estado conforme dispõem os arts. 20º e 22º/1 da Lei Constitucional.

Portanto, mais do que aconselhar a trabalhadora de sexo a usar a camisa de vénus nas relações sexuais, o Estado tem a obrigação jurídica de desencorajar a vítima a enveredar por esta prática (prostituição), dando emprego a todos os cidadãos que, por lei, trabalhar, é um direito e um dever de todos (art. 5º da Lei Geral do Trabalho). A prostituição é um mal que devemos combater e extinguir. E este combate passa pela execução fiel das políticas de erradicação do desemprego que o Estado concebe.

O Articulista

Samuel Tchipaya Fortuna

Estudante do 4º Ano de Direito

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CRÓNICAS DO NOSSO MUNDO

A TIA ZITA E OS BIOCOMBUSTÍVEIS

Jaime Azulay *

Lembro ouvir minha tia Zita dizer, mais de quarenta anos atrás, que por via das desigualdades entre ricos e pobres, o mundo estava roto e não havia mais linha para cozê-lo. As tiradas filosóficas de minha falecida tia eram profundas e impressionantes para a época e para o meio deserdado em que nossa família vivia em Novo Redondo. Acreditávamos que a preocupação de nossas mães, era de simplesmente lutarem pela comida do dia, lavando a roupa no rio Cambongo. Nós calcorreávamos os palmares descalços, ou ficávamos fisgando pequenos kizutis e bagres com nossas canas de bambú. As nossas disponibilidades e expectativas estavam, sem remédio, reduzidas ao essencial. A vida corria numa atmosfera desafortunadamente monótona. Mas naquele ambiente, aparecia sempre a nossa titia caçula, decifrando códigos na face oculta das coisas. Crescemos ouvindo as suas inquietantes reflexões, enquanto nos íamos revezando na única camiseta de teve fabricada em Macau, que eu e meu irmão Nelito possuíamos para ir à escola.

Meio século depois, o futuro da espécie humana continua incerto, tal como previu a minha tia. Os estudiosos falam em dinâmicas mutáveis e complexas interdependências de consequências imprevisíveis. Ouvi um rapaz bem parecido, falar na televisão, enquanto olhava para a sua gravatava de seda vermelha, que são exigidas abordagens sistémicas da realidade circundante. Num rodopio, o “doutor” chegou a um palavrão chamado globalização. A crise vai afectar a todos, ninguém se safa, ameaçou. Quanta verborreia para uma constatação a que a tia Zita tinha chegado pacificamente, do cimo da cátedra da sua terceira classe. Ninguém inventa nada. Vivemos do aperfeiçoamento de milagres originais, conforme escreveu James H. Kunstler. O mundo continua roto pelas mesmas razões dos ricos continuarem cada vez mais ricos e os pobres afundando-se irremediavelmente no abismo da miséria.

O “fosso das desigualdades” continua e continuará a aumentar. Em mais de setenta países, o rendimento por habitante é inferior ao de vinte anos atrás.

É arrepiante constatar que as três pessoas mais ricas do mundo são detentoras de uma fortuna que supera a soma dos Produtos Internos Brutos dos 48 países mais pobres do planeta. Cerca de um terço dos quatro mil milhões e meio de habitantes dos países em vias de desenvolvimento não têm acesso à agua potável e um quinto das crianças não dispõe da quantidade suficiente de calorias ou de proteínas, sendo que um terço da Humanidade, qualquer coisa como dois mil milhões de indivíduos, padece de anemia.

De acordo com o professor Ignácio Ramonet, o mercantilismo generalizado traduz-se num gigantesco agravamento das desigualdades. Em 1960, os 20% mais ricos da população mundial dispunham de um rendimento trinta vezes superior ao rendimento dos 20% mais pobres, o que já era escandaloso. todavia, em vez de melhorar, a situação agravou-se vergonhosamente. Hoje, o rendimento dos mais ricos, em comparação com o dos mais pobres, passou de 30 para 82 vezes mais elevado.

O mundo vive uma crise de alimentos, no entanto alguns países estão numa busca cega por biocombustíveis, a fim de substituir o festim do petróleo, que não é um recurso renovável, como se sabe. A produção desse combustível alternativo está a contribuir para que 100 milhões de pessoas nos países mais pobres vivam uma crise de alimentos. Jean Zigler, o antigo relator da ONU descreveu os biocombustíveis como “um crime contra a Humanidade”. Minha falecida tia Zita tinha razão: O mundo rompeu-se e não há linha para cozê-lo. Nem alfaiates.

*Estudante do Curso de Direito

terça-feira, 22 de setembro de 2009

PARA QUEM TERMINA O CURSO: É BOM SABER

Como Fazer uma Carreira de Sucesso

Por Renê Fernando Cardoso

11/01/2003

A palavra sucesso do latim sucessu, aquilo que sucede, bom êxito, resultado feliz (Dicionário Aurélio) tem um significado muito maior do que um dicionário pode trazer e se tornou mais do que uma palavra um objetivo de vida para muitas pessoas. Cada um de nós pode ter a sua definição de sucesso ou exemplos de pessoas bem sucedidas em várias atividades, eu particularmente gosto de definir o sucesso como a conseqüência de uma oportunidade aproveitada. Para analisar uma carreira de sucesso é necessária a divisão do tema em duas partes:

1ª O SUCESSO E AS FASES DA CARREIRA.

No INÍCIO de uma carreira, considerando-se aqui o início não necessariamente como o primeiro emprego mas também como uma nova função ou uma nova empresa que o profissional vai passar a trabalhar o que se espera é que ele possua TALENTO para a atividade que vai desempenhar, já o profissional manifesta um sentimento de SER, nesta fase ele sempre está preocupado em ser competente, ser apto a função, ser o mais indicado, ser aprovado, etc.

No MEIO de uma carreira já possuindo uma certa experiência e também em muitos casos ocupando posições de gerência, o profissional gera uma expectativa ligada ao CONHECIMENTO e a COMPETÊNCIA, os funcionários sempre respeitam mais seus chefes se reconhecem neles essas características. Essa fase é a fase do TER, onde Ter o domínio do que faz ou do que precisa ser feito, Ter uma oportunidade e Ter realizados algumas conquistas de ordem material, pessoal ou profissional estão sempre presentes.

Já no FINAL de suas carreiras os profissionais aprenderam a trabalhar de forma mais POLÍTICA, especialmente em posições de diretoria ou de alta gerência é muito comum acharmos que existem pessoas mais capacitadas ou competentes para aquela posição, entretanto, quando analisamos melhor concluimos que é justamente por ser muito político que o profissional se mantém lá. Nessa fase é muito comum a presença de um sentido de FAZER, quando os profissionais gostam de contar seus feitos ao longo da carreira ou analisar se fizeram tudo aquilo que gostariam de ter feito.

2ª AS CARACTERÍSTICAS DOS PROFISSIONAIS DE SUCESSO

AUTOCONSCIÊNCIA - são sempre muito confiantes mesmo nas situações em que só eles acreditam que possa dar certo, tem uma auto-estima muito elevada, muita consciência de seus pontos fortes e de sua vulnerabilidade e grande capacidade de superar as adversidades.

ATITUDE - sempre positivas ou adequadas à cada situação, muito focados e objetivos seu comportamento é sempre voltado a cumprir metas e atingir os objetivos estipulados.

PERSISTÊNCIA - é a qualidade que separa os profissionais de sucesso dos demais. Como diz Joe Abruzzese – President of Sales for CBS Television Network, “ É como nadar em um rio, se você parar de nadar, você pode afundar” – Em tempos difíceis como este você deve ser persistente, deve fazer o dobro de ligações, o dobro de visitas, fazer sempre o máximo possível. MAS PORQUÊ DEVO SER PERSISTENTE ? se ainda lhe restar esta dúvida, lembre-se a persistência lhe confere a maior de todas as vitórias – A VITÓRIA PESSOAL, aquele sentimento de que você conseguiu aquilo que queria.

Recorrendo mais uma vez ao dicionário Aurélio, a palavra carreira vem do latim carraria que significa caminho, trilha e seja qual for a trilha que você escolheu o vai escolher procure reunir as características apresentadas.

" Seja agradável com as pessoas quando estiver subindo, porque você cruzara' de novo com elas quando estiver descendo. "

Wilson Mizner

VOCÊ É A SOLUÇÃO: ACREDITE EM VOCÊ E FAÇA A DIFERENÇA.

É PRECISO EMPREENDER

CONCORRÊNCIA: Uma análise que pode salvar empresas.

Camila Fabiane Arruda

Prof. Helga Pedroso

Universidade Norte do Paraná – UNOPAR

10/05/2006

RESUMO

O trabalho tem como objetivo realizar um estudo sobre a importância da análise dos concorrentes da empresa. Mostra de forma simples a que as empresas devem se atentar nos dias atuais, como elas podem identificar estratégias, objetivos, forças, fraquezas, os padrões de reação dos seus concorrentes, e ver como as tecnologias atuais podem ajudar no desenvolvimento do produto.

Palavra-chave: Concorrência; Visão Mercadológica; Tecnologia.

1. Introdução

Para preparar uma estratégia de marketing eficaz, uma empresa deve estudar seus concorrentes, bem como seus consumidores atuais e potenciais. As empresas precisam identificar estratégias, objetivos, forças, fraquezas, e os padrões de reação dos seus concorrentes, também analisar de que forma podem utilizar as tecnologias atuais no desenvolvimento de seu produto.

Os administradores devem estar preparados para receber informações atualizadas sobre seus concorrentes, as forças e fraquezas dessas empresas, e também analisar os consumidores, ver suas necessidades, seus gostos, e também ter uma equipe bem preparada para formular estratégias de como reagir a esse mercado.

E é baseado no mudo atual, onde grandes engolem pequenos, empresas nascem em um dia e se não forem bem preparadas para o mercado, não terem bons profissionais, e não fazerem uma analise correta de seus consumidores e concorrentes, elas morrem já no outro, baseado nisso, nessa realidade, que todas as empresas devem fazer uma analise dos vários tipos de concorrência e de concorrentes.

2. Concorrência

Concorrência é a disputa entre produtores de um mesmo bem ou serviço com vistas a angariar a maior parcela do mercado possível. As principais variáveis que orientam o jogo mercadológico da concorrência são o preço, a qualidade do produto, a disponibilidade nos pontos de venda e a imagem de que o produto goza junto aos consumidores. Assim, as atividades que dizem respeito diretamente à imagem do produto, como a publicidade e a programação visual, são tão estratégicas quanto a distribuição e o preço.

A noção de concorrência pressupõe a existência de grande número de produtores atuando livremente no mercado de um mesmo bem ou serviço, de modo que tanto a oferta quanto a procura se originem em condições de razoável eqüidade, sem influência ilegítima principalmente sobre o preço do produto.

A análise da concorrência no mercado atual é muito importante, pois ali é onde se conquista muitos clientes. Pegando falhas de algumas empresas para reforças seus produtos no mercado.

Se você conhece o seu inimigo tão bem como a si mesmo, você não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você conhece a si mesmo, mas não conhece o seu inimigo, para cada vitória conseguida você sofrera uma derrota. Se você não conhece o inimigo nem a si mesmo, você sucumbira em todas as batalhas. (Sun Tzu; 1981 apud Hooley, Saunders; 1996, p. 163)

Sem o conhecimento de pontos fracos e fortes dos concorrentes e suas ações é impossível formular uma estratégia, pois não sabemos por onde começar. É necessário que se faça uma análise do concorrente, quais as melhores qualidades dos seus produtos, quais as necessidades dos clientes, onde o concorrente deixa a desejar, para que se possam formular estratégias e ganhar mais mercado.

Em médio prazo, a analise da concorrência deve apenas se concentrar em empresas de mesmo grupo estratégico, ou seja, a Coca-Cola, ao fazer uma analise da concorrência em médio prazo, deve apenas fazer analises em empresas de refrigerante. Já em longo prazo, é arriscado fazer uma analise tão restrita. É necessário identificar também se outras empresas de um ramo diferente não identificam uma oportunidade de entrada no mercado, pois embora as barreiras de entrada em um novo mercado sejam bastante altas, se a empresa interessada apresentar grandes lucros ou um potencial de crescimento superior ao resto do mercado, provavelmente ela atrairá novos participantes.

2.2 Tipos de Concorrência

Segundo Kotler (1998, p. 209) pode-se distinguir quatro níveis de concorrência:

a. De Marca

b. Industrial

c. De Forma

d. Genérica

O autor caracteriza as concorrências da seguinte forma:

A Concorrência de Marca ocorre quando uma empresa vê seus concorrentes como outras empresas que oferecem produtos e serviços similares aos mesmos consumidores a preços também similares. Ex: a Fiat com o Palio, e a Chevrolet com o Corsa, são empresas que fabricam carros populares, com preços similares, a clientes similares, mas não são concorrentes por exemplo a Ferrari com a Fiat, apesar de venderem o mesmo produto, carros, não são concorrentes pois os preços não são similares, nem os clientes.

A Concorrência Industrial ocorre quando uma empresa vê seus concorrentes como todas as empresas que fabricam o mesmo produto ou classe de produtos. Nesse caso a Fiat se veria concorrendo com todos os outros fabricantes de automóveis.

A Concorrência de Forma ocorre quando uma empresa vê seus concorrentes como todas as empresas que fabricam produtos que prestam o mesmo serviço. Nesse caso a Fiat não se veria mais como concorrente apenas de outras empresas de automóveis, mas também de motocicletas, bicicletas, caminhões.

E por fim a Concorrência Genérica que ocorre quando uma empresa vê seus concorrentes como todas as empresas que concorrem pelos mesmos dólares do consumidor, ou seja, por tudo que ele pode gastar como grandes bens de consumo duráveis, novas residências, entre outras.

Numa época em que as novidades são copiadas rapidamente pela concorrência, devemos ficar atentos às necessidades dos consumidores, pois são eles que determinam o mercado. As marcas hoje em dia são muito valorizadas e também sua personalidade. Elas são capazes de identificar-se com o consumidor, e fazerem se tornar familiar. Um exemplo disso é a Coca-Cola, que nos passa uma imagem de diversão, os elementos utilizados nas propagandas nos passa uma percepção de alegria nos momentos em que se utiliza o produto. Já a marca de cigarros Malboro, utiliza um caubói, que nos passa uma sensação de tranqüilidade, e também de robustez, força, masculinidade aos consumidores que utilizarem o produto.

Mas é no confronto entre as marcas de mesma categoria que os aspectos valorizados pelo consumidor mais sobressaem, que eles mais se identificam. Um exemplo é a Coca-Cola e a Pepsi, são produtos de mesma natureza, mesma categoria, mas com “fama” diferente, ambos são ótimos produtos, mas o planejamento estratégico é diferente, a Pepsi faz muitas analises da concorrência obviamente, e lançaram produtos com diferencial, como a Pepsi Twist, “a Pepsi com toque de limão”, que fez com que a marca se sobressaísse.

Outro tipo de estratégia utilizada pelas grandes empresas para fazerem propaganda de seus produtos é um tipo de propaganda camuflada. Aquela em que no meio de uma novela, ou de um filme o artista faz a propaganda do produto. Propagandas de carros, de produtos de beleza, perfumes, são muito utilizadas atualmente. A novela América que foi exibida na Rede Globo é um grande exemplo, pois foram feitas propagandas de várias marcas de botas, chapéus e até de touro reprodutor premiado.

Para atingir diferentes tipos de consumidores, e assustadas com o crescimento de pequenas e médias empresas, que ocupam uma grande fatia do mercado, marcas de produtos famosos reduzem o tamanho de seus produtos, reduzindo assim também os preços, para que pessoas de baixa renda possam consumir seus produtos. A estratégia é simplesmente trocar margem de lucros mais altos por participação no mercado. Um exemplo é o Danoninho, da Danone, que possuía apenas a embalagem tradicional com oito unidades, e lançou no mercado a nova versão com duas unidades, também a Coca-Cola com a embalagem de vidro com 200ml, como a embalagem é retornável, o consumidor paga apenas pelo conteúdo.

3. Reação dos concorrentes

É necessário que se conheça as idéias de determinados concorrentes para se ter a esperança de antecipar suas prováveis ações ou reações. A maioria dos concorrentes segundo Kotler (1998, p.216) classificam-se em:

a. Cautelosos

b. Seletivos

c. Arrojados

d. Imprevisível

Os concorrentes cautelosos são aqueles que não reagem rápido ou fortemente a determinado movimento de uma empresa. As razões para uma falta de ataque a movimentos competitivos variam. Os concorrentes cautelosos podem ser lentos em perceber qualquer movimento da concorrência, ou também podem não ter recursos financeiros para reagir, podem também estar bolando uma nova estratégia, entre outras várias possibilidades.

Os concorrentes seletivos são aqueles que reagem apenas a certos tipos de ataques, e não a outros. Podem reagir as reduções de preços, mas não a aumentos com gastos em propagandas. Saber como um concorrente reage pode dar a seus rivais uma indicação sobre suas linhas de ataques variáveis.

O concorrente arrojado é aquele que reage rápido e fortemente a qualquer iniciativa em seu território, esse tipo de concorrente esta sempre sinalizando que seria melhor que a outra empresa não atacasse, pois, lutara até o fim para se defender.

E por fim os concorrentes imprevisíveis, que são aqueles que não demonstram um padrão de reação previsível, tal concorrente pode ou não reagir a qualquer ataque da concorrência, não há maneira de prever o que fará.

4. Escopo competitivo

A organização torna-se mais competitiva à medida que ela consegue focar melhor o seu negócio. Para Porter apud Cobra (1991, p.48), a obtenção de vantagens competitivas depende da adequada focalização e dimensionamento dos negócios por escopo de seguimento, por escopo geográfico, por escopo setorial e por grau de integração.

O escopo de segmentação de mercado significa a focalização de negócio a cada segmento de mercado em que a empresa atua, com ênfase nos seguimentos mais significativos para a empresa em relação à concorrência. A Coca-Cola, por exemplo, foi pioneira com a embalagem descartável e, enquanto conseguiu manter-se isolada nesse segmento, conseguiu grande vantagem competitiva.

O escopo geográfico define as áreas principais nas quais a empresa deve concentrar o forte de sua atuação e nas quais deverá estar apta a atuar com vantagens em relação à concorrência. A Batavo, no Paraná, manteve durante anos vantagens em relação à concorrência em laticínios em suas respectivas áreas geográficas.

O escopo de atuação setorial permite a uma organização ter uma perfeita identificação com o ramo dos negócios em que ela atua. A Bauducco e a Visconti, por exemplo, são sinônimos de panetone. Portanto, a focalização de um setor permite que uma empresa obtenha vantagens decorrentes do seu elevado grau de especialização.

O grau de integração que uma empresa possa obter na sua atuação por certo poderá lhe render dividendos na confrontação com a concorrência. As indústrias do grupo Votorantim, por exemplo, possuem alguns graus de interação em alguns setores em que atuam, como no cimento, em tecidos, no alumínio, etc., de forma a conseguirem vantagens interessantes em relação aos concorrentes menos integrados.

5. Tecnologia

Segundo Cobra (1991, p.50) a tecnologia é uma das maneiras pelas quais uma empresa consegue construir barreiras à entrada em seu negocio. A microinformática, a eletrônica, a telecomunicação, entre outras atividades ditas de ponta dependem em larga escala do acesso a tecnologia de ponta e da aplicação de recursos à pesquisa tecnológica.

Com a obsolescência rápida, produtos de hoje podem tornar-se produtos de ontem e a empresa torna-se vulnerável a essas transformações. Por essa razão a tecnologia é tão importante do ponto de vista estratégico.

Portanto a escolha de tecnologia é fundamental para o desenvolvimento de uma nação, pois, através de uma escolha bem feita, se pode obter não só vantagens competitivas, como também conquistar lideranças de mercado ou lideranças tecnológicas.

A evolução da tecnologia é constante e sua difusão também é acelerada, mas o retorno financeiro da adoção de inovações nem sempre é tão rápido quanto o esperado, além da eficácia de uma tecnologia ter seus limites, hoje em dia copiar produtos da concorrência também faz parte do jogo dos negócios.

Existe até um termo específico para definir a prática de estudar e adaptar os melhores processos de produção existentes, chamado benchmarking. Para os consumidores em geral, as copias trazem benefícios, pois significam mais ofertas que normalmente elevam o padrão do produto ou serviço e diminuem seu preço. Para as empresas, no entanto, trata-se de uma complicação, pois o lançamento de similares corrói a lucratividade que se espera obter dos investimentos em inovação e tecnologia, e as vantagens tendem a diminuir.

6. Conclusão

Podemos perceber a importância da analise da concorrência para as empresas, pois, se bem aplicada pode servir como uma grande ferramenta de ataque ou de defesa, tornando a empresa mais competitiva.

Atualmente os produtos se tornam obsoletos com muita rapidez, utilizar a tecnologia de forma que ela venha favorecer a empresa, tanto na redução de custos, como na elaboração de um produto diferenciado, é uma maneira inteligente de se diferenciar de seus concorrentes. Ter uma visão de mercado, conhecer tanto os concorrentes como os consumidores são pontos fundamentais para se diferenciar da concorrência. É preciso que o gestor utilize todas as informações que possui a seu favor, de forma que o mercado procure seus produtos por um diferencial.

7. Referências

COBRA, Marcos. Administração Estratégica do Mercado. São Paulo: Atlas, 1991.

HOOLEY, Graham J., SAUNDERS, John. Posicionamento Competitivo. São Paulo: Makron Books, 1996.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 1998.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

UM POEMA P’RA BENGUELA,

A MINHA CIDADE

Jaime Azulay*

Nunca escondi o temor que nutro pelos críticos das literaturas, mas mesmo assim arriscaria escrevinhar um poemazinho p’ra minha cidade. Um poema-calema embrulhado nas crónicas côr-de-mar de João Eugénio, adocicado pela poesia-gajaja de vavó Olímpia, colhida no Sol Ardente de “Góia”. Benguela merece um poema vestido com os trajes bonitos da sua inconfundível beleza. Nossos poetas partiram cedo, para a grande viagem sem regresso. Alda Lara, Raul David, Nuno de Menezes, Aires de Almeida Santos, Ernesto Lara.Quantos mais? Do kalundo sempiterno vigiam a sua cidade-menina. Os poetas nunca morrem! Desçam da Camunda, agora que o NOVO DIA está a nascer! Venham ver a cidade lutando para transformar sonhos antigos em realidade-presente. Ninguém mais tem medo agora. O sombreiro afinal não é um vulcão sinistro com larvas incandescentes em gestação. É a cama do Sol da Esperança Prometida.

Que tem de mal um poema assim? Que se danem os que lhe acharem defeitos sem fim. Cassoco, Benfica, Capiandalo, Camunda, Kasseque, Massangarala. Bairros pobres, humildes/gente trabalhando/vivendo ou morrendo/ numa esteira de capim a servir de cama/encardida e desfeita/ dentro de cubatas com paredes de adobe.

A minha cidade é a mais linda do Mundo porque é a minha cidade. Os bairros da velha “Ombaka” preenchem os versos vestidos de folhos e buganvílias vermelhas trazidos no regaço de Alda Lara. Tem gente que sabe tudo/Mãe negra não sabe nada/ai de quem sabe tudo”.

Não seria um poema-cobaia para ser dissecado na mesa de autópsia dos super-escribas, entre arrotos de Whisky escocês e espirais de fumo havano. Talvez até seja pretensão chamar-lhe poema, mas vejo-o surfar a crista das calemas transbordantes de Março. Aprendizes de poeta escreverão poemas fraternos nas noites que nunca acabam. E eu escreverei o meu. Deixem-me esfolar os joelhos nos degraus da ingenuidade provinciana do meu poema. O meu sonho é voar nas asas serenas da meninice inocente. Será apenas um poema p’ra minha cidade. Um poema feito Arca de Noé, para o amor encher todos os porões e transbordar para o mar azul. Virão as ondas do mar espalhar o amor no rendilhado cálido da praia morena, com mil crianças a brincar ao sol, num chilreio doido de satisfação e sem medo dos tubarões.

Benguela, a nossa/minha cidade merece um poema assim. Um poema despido de inquietações, os sobressaltos a apodrecer nas prateleiras aboletadas de todas as promessas vazias que Mamã Chica guardou com o azedo de outras kissânguas.

Certamente um poema escrito à tardinha, o sol a tombar para além do sombreiro. Sentiremos os pulmões insuflados com o feitiço do entardecer na nossa cidade. Os nossos corações palpitarão com o canto dos catuituis nas acácias-rubras. Em cada galho florescerão mil pétalas de fraternidade.

*Estudante do Curso de Direito

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

CRÓNICAS DO NOSSO MUNDO

PIM, A LIÇÃO QUE VEIO DO FRIO

Por:

JAIME AZULAY*

Esta é uma daquelas histórias deliciosas que toda a gente gosta de ouvir contar. E aconteceu mesmo, não é ficção. Um simpático bebé-pinguim, vindo provavelmente das águas geladas do Sul, deu à costa nas praias de Benguela. A curiosidade foi geral, as pessoas nunca tinham visto nada parecido. As crianças rapidamente baptizaram-no de "Pim" e escolheram-no como companheiro para as brincadeiras.

Afinal, como o “Pim” conseguira chegar até aí? Contaram que os pescadores o tinham capturado durante uma noite sem luar, enquanto lançavam as suas redes na enseada do morro do sombreiro. Na escuridão tomaram-no por um pato de água. E, como pato foi vendido à uma mamã-peixeira pela soma de 500 Kuanzas. A vendedeira meteu-o no cesto que levava à cabeça e seguiu para o pregão habitual pela cidade: “olha pexe, olha pexe, hoji tem pato tambééé! o dono de uma explanada à beira-mar, sr Adalberto, nunca tinha visto peixe e pato misturados numa única cesta. Resolveu indagar do que se tratatava. Ajudou a baixar o cesto, quando ouviu a peixeira gritar:- “Aiué mano, essi pato está mi comer o mó pexe”! – “Ó mana, isso não é pato”, retorquiu o Adalberto. Retiraram o bicho da cesta. Estava envolto em areia, algas e barro, mas de pronto se concluiu que pato aquele bicho não era. Uma lavagem com água, resolveu a questão da identidade: era um pinguim elegante, com o seu tradicional fraque preto e branco.Toca a baptizá-lo no meio da algazarra das crianças e o olhar curioso dos adultos. Ficou mesmo "Pim". Assim passou a ser tratado. No restaurante construiram um tanque para o pinguim. Passou a ser a atracção e teve honras de reportagens na tpa. Com os holofotes apareceram os “experts.” Uma anciã relatou o caso de 2 pinguins que deram à costa aqui, há mais de 40 anos. Ela revelou que, por indicação de um estudioso da época, os dois animais foram metidos numa arca frigorífica por causa do calor e acabaram por morrer…de frio.

A ciência afirma ser raro encontrar pinguins em latitudes tropicais, com excepção dos Gálapagos, por onde passa a corrente fria de Humboldt, vinda do Antártico. A costa ocidental sul-africana poderia ser o origem do "Pim", arrastado em grupo pela Corrente Fria de Benguela, durante uma perseguição à cardumes de peixe. Um encontro com focas ou outro predador, poderia ter dispersado o grupo e esse pinguim ficado perdido. É o chamado "Pinguim Burro", que emite um som parecido com o zurrar do jerico. Têm o nome científico de "Spheniscus Demersus". Havia ainda hipótese do pinguim ter sido capturado nos mares do Sul, por um navio que, rumando posteriormente para Norte do Equador, preferiu antes jogá-lo ao mar. Afastadas as cogitações, o certo é que muita gente ia ao bar do Sr. Adalberto ver o Pim. As crianças tomavam refrigerante e os mais velhos ficavam nas mesas a beber cerveja. O “Pim” alimentava-se de peixe miúdo e era um comilão. Deglutia 2 quilos por dia, o equivalente ao seu próprio peso.

“Vem aí o calor, será que o pinguim sobreviverá?”, perguntavam os mais sensatos. Um ambientalista de ocasião vaticinou que a pouca idade favoreceria a adaptação. O Sr. Adalberto foi aconselhado a dar uns mergulhos de mar ao pinguim. O “Pim” passou a nadar no mar da praia morena. Incrivelmente, ele parecia resignado ao seu estatuto. O dono libertava, o pinguim nadava. Depois voltava e era levado para o tanque no bar. Passaram-se semanas, o animal estava domesticado, ninguém duvidava.

Um dia o Sr. Adalberto levou o “Pim” para o habitual mergulho. Nessa manhã o pinguim não voltou para as mãos de quem o considerava seu dono. Esperaram minutos, horas, em vão. O sol baixou por detrás do sombreiro e veio a noite. O mar ficou escuro na linha do horizonte,como se quisesse esconder o “Pim” dos holofotes humanos. Nas profundezas do oceano um ser reconquistara o valor sagrado da Liberdade.(FIM)

*Estudante do Curso de Direito

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Engº Mário Rui Marques Ferreira , responde à...

CAIXINHA DE OPINIÕES

A todos os Piagetinos desejo uma boa semana de trabalho com muita saúde.

Esta semana tivemos apenas 1 amigo anónimo que manifestou o seu seguinte pesar:

Para o bom desenvolvimento do País e da Universidade, é preciso que haja amor naquilo que nós desempenhamos.

É bom que a Universidade tenha aquele espírito de gastar e querer ganhar depois de gastar.

Não é realista ( alunos ) estudantes de construção civil frequentarem o curso sem laboratório. Não faz sentido. Amanhã vamos ter formado só no certificado

Não posso deixar passar a oportunidade sem manifestar o meu descontentamento pelo anonimato deste meu aluno(a), porque penso que é do meu curso, de Eng.ª Civil, e também acho que não me conhece bem. A ser assim, só poderia ser do 1º ano, porque os meus tropas falam comigo (olho no olho ) e sabem que são sempre ouvidos.

Será que acha mesmo que, o que estamos a fazer, não é com amor?

Se a resposta for positiva, lamento imenso, porque em minha opinião os grandes responsáveis são exactamente os alunos, pelas mais variadas razões, entre elas o facto de não estudarem tanto quanto e como deviam.

Pela parte que me toca, e se me conhecer bem, verá que o que faço é com e por amor, hipócrita seria dizer que não gosto e preciso do dinheiro. Mas para suportar o que muitas vezes tenho de engolir, lhe garanto que não haverá dinheiro que pague.

Será que acha mesmo que não estamos a trabalhar para o grande desenvolvimento de Angola?

A Nossa procura constante de bons profissionais, de melhores condições, de maior qualidade, maior rigor…

A Nossa preocupação de aumentar o número de cursos e com interesse actual, como por exemplo as três novas licenciaturas que pretendemos abrir no próximo ano lectivo de 2010 que são:

PETRÓLEOS – REFINAÇÃO

PORTUGUÊS E LINGUA NACIONAL (com opção das 3 línguas mais faladas no Nosso País)

ANALISES LABORATORIAIS

Não serão sinónimo que estamos preocupados com os interesses e desenvolvimento Nacionais?

Sobre a segunda questão que coloca. Como um técnico que quer seguir a área de construção civil, faz alguma ideia dos valores que estão investidos no Campus Universitário da Jean Piaget em Benguela?

De certeza absoluta que não, porque se soubesse não colocaria a questão.

Sobre a questão do laboratório. (porque só interessa aos futuros Engenheiros Civis)

Também como coordenador do curso de Engª Civil e Ordenamento do Território, não posso permitir que coloque a 3ª questão, não lhe vou responder, e peço que apareça mais nas aulas, nas reuniões, acima de tudo que esteja mais atento e participativo ( paga para isso ).

Bem-haja

Saudações Piagetinas

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

UNIPIAGET PÓLO DE BENGUELA, VENCE CAMPEONATO

A equipa de Futebol de salão da Universidade Jean Piaget venceu nesta sexta-feira 14 de Agosto o tão disputado torneio de FutSal em alusão a 8ª Assembleia Provincial de Balanço e Renovação de Mandatos da JMPLA de Benguela. Os jogos decorreram no sistema de todos-contra-todos. No final da quarta jornada foram os meninos da UniPiaget que hastearam a bandeira da vitoria. Força Universitários.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Seguir e somar: Sempre a dialogar

CAIXINHA DE OPINIÕES

( SEMANA 19 A 25/7/09)

A todos os Piagetinos desejo uma boa semana de trabalho com muita saúde.

Esta semana tivemos 4 amigos que entenderam apresentar as suas opiniões e desses, 3 voltam a falar no assunto do número de caixas insuficientes na tesouraria para o atendimento dos alunos aquando do pagamento das propinas.

Como entendo que a resposta a esta questão já foi dada a semana passada, limito-me a pedir um pouco de paciência a todos, o assunto está em vias de resolução, aproveito ainda para relembrar que podem utilizar os bancos comerciais para a liquidação das mesmas ( ver respostas da semana passada ).

Um Piagetino manifestou o seu desagrado pelo facto de no dia 21 às 15h.28m, a tesouraria se encontrar encerrada e exige um pedido de desculpas pela parte da direcção pelo tempo perdido:

A direcção na minha pessoa, pede imensas desculpas a este amigo ( é pena que não se identifique, porque teria imenso prazer em fazê-lo pessoalmente ).

Aconteceu que nesse dia os trabalhadores solicitaram-me uma reunião de trabalho entre eles, ( como sabe segundo a legislação do Nosso País, as mesmas devem ser feitas durante o período laboral ), solicitei que aproveitassem a hora de almoço, só que a mesma se arrastou um pouco mais do que seria de esperar, essa a razão de estar fechada aquela hora, o que lamento. Mas foi muito azar seu, com 12 horas diárias de abertura dos serviços, durante 26 dias no mês.

Informo ainda o nosso aluno que na reunião atrás referida foram tratados entre outros, assuntos que dizem respeito à melhoria do funcionamento do sector a favor do atendimento dos alunos.

O aluno Lopes do 4º ano de Economia, faz alguns comentários muito interessantes, tais como:

1º - O Piaget tem de rever tudo… ( professores, serviços administrativos,… ), esperamos melhorias para dignificar a Nossa UNIPIAGET

Estamos a fazer tudo por isso, trabalhando, ouvindo e revendo de imediato o que nos parece mais prioritário ( degrau a degrau .

Quando diz que temos de rever tudo, esqueceu-se de um grupo de indivíduos que por sinal é o maior de todos e o mais complicado de resolver ( os Alunos ).

Convido-o a vir passar um dia comigo e verá os problemas que me são colocados diariamente, ou poderá ainda sondar os alunos que me procuram, e saberá quantos deles saíram do meu gabinete sem os seus assuntos resolvidos.

2º - O porquê das multas “aleatórias”, se nós não vamos fugir da Universidade sem os Certificados.

Companheiro Piagetino, muito admirado fico sabendo que um aluno finalista, faça este tipo de observação ( nem aos caloiros admito )demonstrando a falta de conhecimento dos regulamentos que regem a Instituição. ( quando estamos dentro de um jogo, temos obrigação de conhecer as regras do mesmo ), por isso aconselho-o a deslocar-se à Nossa biblioteca e ler os Regulamentos que lá se encontram à disposição de todos. Para a sua futura vida de economista é bom que os leia, eles irão servir de exemplo para os locais onde tiver de exercer as suas funções, porque toda a vida empresarial ou não, tem as suas Leis e estas são para se cumprir, não são de maneira nenhuma aleatórias, como diz.

Além disso no Piaget ninguém tem medo que você fuja, porque irá estar ligado a esta Instituição para o resto da vida, pois foi a família Piagetina que o formou.

Bem-haja

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

SE MODA PEGA EM ANGOLA !

Desempregados vendem teses de mestrado por 1500 euros

Há um novo negócio a evoluir silenciosamente. A actividade é, regra geral, liderada por jovens diplomados e desempregados, que se dedicam a fazer e vender trabalhos académicos, monografias, teses de mestrado e de doutoramento.
De acordo com uma reportagem publicada no site do “Expresso”, é a através da Internet que os contactos se estabelecem e o negócio evolui. Por um lado, não faltam anúncios de pessoas a oferecer os seus serviços para elaborar trabalhos que serão assinados por outrem. Por outro, lá se vão também encontrando anúncios de alunos desesperados, que não se importam de pagar para conseguir efectuar uma tese de final de curso, por exemplo.
Uma jovem recém-licenciada que apresenta o seu testemunho ao “Expresso” reconhece que uma tese de mestrado pode chegar a custar 1.500 euros, caso tenha que ser assegurado todo o processo de elaboração, que inclui a análise qualitativa do trabalho de campo (esse efectuado pelos alunos), às conclusões, passando até pela componente teórica de pesquisa.
A jovem diz que o negócio é rentável, mas já teve melhores dias, dado o facto de a concorrência estar a aumentar. A verdade é que há já quem profissionalize a actividade com microempresas especializadas na matéria.
O fenómeno é silencioso, mas gera alguma polémica no seio da comunidade académica, a qual poderá vir a ser estimulada com a tendência profissionalizante da actividade. Em França, não faz muito tempo que uma empresa criou um site onde se divulgava ajuda para a elaboração dos trabalhos de casa dos estudantes. O facto de a empresa divulgar os seus serviços sem qualquer pudor acabaria por colocar o assunto na ordem do dia e levar ao fim do site.

EMPREGO: VAGAS NA PIAGET DE BENGUELA

NA UNIPIAGET

JÁ COMEÇARAM AS AULAS DO 2º SEMESTRE DE 2009

Embora haja quem pense que não, já começaram as aulas do segundo semestre na UniPiaget de Angola, na segunda-feira 3 de Agosto. O movimento ao longo dos corredores era ainda tímido na primeira semana. Viam –se poucos estudantes nas salas. Não é porque não saibam que as aulas já iniciaram é por causa do velho-mau hábito de só comparecer as aulas uma semana depois do seu arranque efectivo.

Matilde Lukamba, estudante do 2º ano se sociologia que não assistiu a nenhuma aula na semana passada, disse hoje ao nosso blogue que “ não dá muita vontade de aparecer na escola nos primeiros dias, pois o movimento é quase sempre muito fraco.”

Assim, esperamos hoje ter casa cheia. Um “att “ vai para todos os estudantes que tal como a Matilde não assistiram a nenhuma aula na semana passada, COMPAREÇAM AS AULAS, que os profs estão a dar muita CARGA na matéria.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

POETA SEXORCISTA FALA DE AMOR MAS, SEM SUCESSO...

Há várias maneiras de amar… Há quem prefira amar no escuro sob o anonimato das estrelas Há quem o faço a luz do sol sob olhar atento das sentinelas Mas no final das contas Todos amam… Se uns amam de verdade e outros amam de mentira É verdade o que sentem E isso ninguém lhes tira Pois nisso, a única utilidade Está quando ambos sentem O amor… pode ter vários rostos não se medem os gostos O amor pode ser tudo pode ser nada pode ser vida pode ser morte o amor é um bicho do mato o amor é uma flor de jardim o amor é um mar aberto e distante não sei o que é o amor.... Martinho Bangula

terça-feira, 21 de julho de 2009

Engº Mário Rui Marques Ferreira , responde à...

CAIXINHA DE OPINIÕES

Caros Piagetinos

Já começou a ser utilizada a Nossa Caixa de Opiniões, o que muito agradecemos.

Vou tentar todas as semanas responder a todos e também dar o meu parecer, quando no meu entender não concordar com algumas opiniões ( sabem que alguns dizem mal, só para não estar calados )

Então cá vai:

Diziam os Piagetinos anónimos:

“A crise financeira não tem nada a ver com o pagamento da propina e sem aviso prévio”.

Não entendi, as propinas não aumentaram, como pode vir a acusar a crise financeira de um aumento que não existiu.

As propinas continuam a ser:

Construção Civil

300

Electromecânica

300

Enfermagem

300

Informática

300

Psicologia

250

Sociologia

250

Direito

250

Economia

250

“ Mais caixas de pagamento na hora e rapidez. “

No âmbito do investimento, está em fase de acabamento a Ala A do Edifício 24, em que o R/c será destinado aos serviços administrativos e o 1º andar a biblioteca e s. aulas, logo para o próximo ano lectivo ( espero ) já estará a funcionar os serviços num local apropriado e com outras condições. Mas o problema que se coloca não tem só a ver com o aumento do número de caixas, porque estes serviços estão praticamente vazios 24 dias e só no dia 15 e 16 é que tem 90% de afluência.

Aconselho que os alunos não deixem para o último dia o pagamento respectivo, mas ao mesmo tempo relembrar que esse pagamento também pode ser feito aos balcões dos bancos BAI, BESA e BFA cujas contas são:

BANCO

AKZ

USDOLARES

BAI

5369255/10

5369255/9

BESA

83369/024

83369/840

BFA

11345718/30

11345718/32

Em qualquer altura do mês pode trazer os comprovativos de depósito à secretaria para serem passados os respectivos recibos.

“ Eficiência dos trabalhadores. “

Vos garanto que os nossos colegas trabalhadores, muitos deles também estudantes da Nossa Universidade, são os melhores que existem e que eu conheço, porque senão não trabalhariam comigo. Mas responder às exigências de cerca de 2500 estudantes, mais 150 professores, mais 80 funcionários directos e 20 indirectos, cada um com o seu problema, entenderão que é dose e que não é fácil.

“ Mais educação e boas maneiras por parte do pessoal no atendimento aos estudantes. “

Ontem e hoje mesmo à hora em que escrevo estas notas ( 17-07-2009 ), se fosse possível descrever o barulho que vem da zona da secretaria, veria a razão da falta de simpatia ou educação de alguns funcionários que mesmo insistentemente pedindo um pouco de silêncio para se poderem concentrar, o mesmo não é respeitado.

Tem de haver compreensão e ajuda entre todos os Piagetinos.

“ Que sejam revistos os atrasos que se tem verificado na afixação das pautas. “

O Piagetino que colocou esta situação tem toda a razão.

Estamos atentos e o secretariado académico, logo que recebe as pautas do professor, tem a obrigação e o dever de as afixar, o que normalmente acontece, ao mesmo tempo tem tido o cuidado de comunicar com os “profs” para não se atrasarem na entrega das mesmas. Mas a impossibilidade de comunicação leva, por vezes, a que haja algum atraso.

Sempre a lutar para melhorar.

Pede o Piagetino:

“ Verificar os professores que não dão aulas e só aparecem nas últimas semanas para debitar matéria, assim o insucesso dos estudantes em algumas disciplinas. “

Volta a ter alguma razão, mas posso informá-lo que todos aqueles que consigo detectar, eu próprio trato-lhes da saúde.

Mas com certeza existem outros que não tenho conhecimento, e aí necessito de argumentos ( quem são e que contributo dão à nossa causa ).

Todos nós sabemos que os nossos estudantes são muito descuidados para não chamar preguiçosos e só se lembram de estudar na véspera das provas.

Sabe que eu conheço bem esta realidade, durante o semestre nunca têm dúvidas, não participam, não frequentam as aulas… Assim, as dificuldades aparecem sempre nas vésperas ou durante a prova e, como exemplo disso, o meu telefone não pára de tocar nesses dias.

Dizia alguém por definição:

ALUNO – todo o individuo que recebe ensinamentos de outro

ESTUDANTE – o que busca o conhecimento

A “NOSSA” UNIVERSIDADE DEVE TER ESTUDANTES E NÃO ALUNOS

“ O tempo para a execução das provas não corresponde à exigência das mesmas ( tempo curto e prova extensa ). “

Com o início do ano lectivo, na reunião com os professores que estiveram presentes, chamei a atenção também para esse assunto, prometo que voltarei à carga na reunião de início do 2º semestre.

Mas ambos sabemos que há estudantes que, mesmo que tivessem uma semana, nunca iriam conseguir de acabar a prova ( espero que não esteja incluído neste grupo).

Quem não estuda não consegue fazer as provas, seja qual for o tempo dado para a execução das mesmas.

“ Uma Instituição de Ensino Superior deve ter uma Associação de Estudantes. “

Pois é meu amigo, esse é um assunto bastante delicado, mas o mesmo só diz respeito aos ESTUDANTES, desde que cumpridos os Regulamentos da Instituição, ORGANIZEM-SE.

De resto, a associação de estudantes tem seus inícios no Conselho dos Delegados, eleitos e legítimos representantes das turmas. Este Conselho já existe. É melhor canalizar os problemas e as soluções por meio dos delegados. Para vivermos organizados, o Conselho dos Delegados é já suficiente. Este Conselho, no que diz respeito ao valor representativo, não tem nada a invejar à Associação. Para todos os efeitos, a Associação nascerá, mas por mérito dos próprios estudantes, e para isto se está a trabalhar.

“ A propina está directamente relacionada com o câmbio do dia e deve ser paga na primeira quinzena de cada mês, quando os salários na função pública não estão pagos. “

A propina está efectivamente relacionada com o câmbio do dia. Mas deve ser paga no 1º dia de cada mês, no entanto sabendo esta Instituição das dificuldades financeiras de todos, inclusivamente o assunto que nos coloca, entendemos oferecer ao Estudante a possibilidade de pagar até ao dia 16 sem multa.

Ainda sobre o comentário final feito por este Piagetino, em forma de despedida

" Oferta/Demanda. "

Agradeço mais uma vez a opinião (de todos ), e como deve entender, preocupamo-nos todos os dias com estas questões, porque , Graças a Deus, vivemos em Democracia e somos livres de procurar o melhor para nós.

Tal como já diversas vezes falei nas reuniões que tenho feito com os Piagetinos, queremos que a Nossa Universidade Jean Piaget seja a melhor de todas, possivelmente uma demonstração disso mesmo está na criação deste espaço de opinião. Também sabem todos os Piagetinos que o meu gabinete e o do Dr. Bonifácio Tchimboto ( Presidente do C. C. P. ) estão sempre abertos. Com a ajuda de todos tudo faremos para que a UNIPIAGET seja cada vez maior e cada vez melhor e que o nosso lema é:

RESPEITO, QUALIDADE, HONESTIDADE E TRABALHO

Até á próxima semana

Eng.º Mário Rui Marques Ferreira

Administrador do Pólo de Benguela

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