sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Países da CPLP registam significativas assimetrias no ensino da língua portuguesa


 
Luanda - O conjunto de países da CPLP registam significativas assimetrias entre si, em termos de recursos disponibilizados para o ensino da língua portuguesa nas escolas e nas comunidades, considerou hoje, em Luanda, o reitor da Universidade Jean Piaget de Angola

Segundo Pedro Domingos Peterson, que falava na abertura do III Congresso Internacional de Língua Portuguesa, o passado histórico comum e, sobretudo, a finalidade cultural, através da referida língua, não deve limitar apenas à sua aprendizagem, mas sim evoluir para outras formas de cooperação científica e tecnológica, o que pressupõe parceiros activos e dinâmicos.
“ Estamos convencidos que o desenvolvimento da língua portuguesa nos países da CPLP depende da cooperação, do envolvimento das instituições do ensino superior na formação dos professores, dos jornalistas, radialistas, na elaboração de estratégias e metodologias do processo de ensino-aprendizagem, susceptíveis de motivar a juventude na sua aprendizagem efectiva”, advogou.
 
Neste contexto, adiantou, as instituições do ensino superior em geral, de investigação e pesquisa, em particular, podem assumir um papel estratégico importante no desenvolvimento educacional, económico, social e cultural dos países da comunidade.
Considerou ser necessário intensificar-se os mecanismos de mobilidade académica e cultural dos países da CPLP, através de projectos comuns de formação, de investigação científica e de investimentos.
 
Sublinhou que há outras línguas com um número reduzido de falantes no mundo que têm mais visibilidade, que penetram com facilidade nos nossos estabelecimentos de ensino e de investigação, e nas instituições de pesquisa, através de meios tecnológicos mais modernos.
 
“Por isso, torna-se necessário aumentarmos os investimentos a nível nacional e da CPLP, para que a língua portuguesa ocupe uma posição importante a nível internacional”, disse.
Relativamente ao ensino da língua portuguesa em Angola, o reitor da Unipiaget frisou que se assiste a um grande insucesso na aprendizagem da língua portuguesa, com cerca de 50 po rcento de reprovações no ensino primário.
 
 
A Unipiaget administra 16 cursos repartidos pelas áreas das ciências da saúde, ciências sociais e humanas, ciências e tecnologia, línguas, e três mestrados em ciências jurídicas e forenses, económicas e engenharia civil.
 
 
Com cerca de 10 mil estudantes, 400 docentes e 200 trabalhadores, a Unipiaget tem envidado todos os esforços para sua inserção na comunidade, oferendo serviços, bolsas a estudantes mais carenciados e cooperando com a administração local na inserção de estudantes no mundo laboral.

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