Luanda - O
conjunto de países da CPLP registam significativas assimetrias entre si, em
termos de recursos disponibilizados para o ensino da língua portuguesa nas
escolas e nas comunidades, considerou hoje, em Luanda, o reitor da Universidade
Jean Piaget de Angola
Segundo Pedro Domingos Peterson,
que falava na abertura do III Congresso Internacional de Língua Portuguesa, o
passado histórico comum e, sobretudo, a finalidade cultural, através da
referida língua, não deve limitar apenas à sua aprendizagem, mas sim evoluir
para outras formas de cooperação científica e tecnológica, o que pressupõe
parceiros activos e dinâmicos.
“ Estamos convencidos que o
desenvolvimento da língua portuguesa nos países da CPLP depende da cooperação,
do envolvimento das instituições do ensino superior na formação dos
professores, dos jornalistas, radialistas, na elaboração de estratégias e
metodologias do processo de ensino-aprendizagem, susceptíveis de motivar a
juventude na sua aprendizagem efectiva”, advogou.
Neste contexto, adiantou, as
instituições do ensino superior em geral, de investigação e pesquisa, em
particular, podem assumir um papel estratégico importante no desenvolvimento
educacional, económico, social e cultural dos países da comunidade.
Considerou ser necessário
intensificar-se os mecanismos de mobilidade académica e cultural dos países da
CPLP, através de projectos comuns de formação, de investigação científica e de
investimentos.
Sublinhou que há outras línguas
com um número reduzido de falantes no mundo que têm mais visibilidade, que
penetram com facilidade nos nossos estabelecimentos de ensino e de investigação,
e nas instituições de pesquisa, através de meios tecnológicos mais modernos.
“Por isso, torna-se necessário
aumentarmos os investimentos a nível nacional e da CPLP, para que a língua
portuguesa ocupe uma posição importante a nível internacional”, disse.
Relativamente ao ensino da língua
portuguesa em Angola, o reitor da Unipiaget frisou que se assiste a um grande
insucesso na aprendizagem da língua portuguesa, com cerca de 50 po rcento de
reprovações no ensino primário.
A Unipiaget administra 16 cursos
repartidos pelas áreas das ciências da saúde, ciências sociais e humanas,
ciências e tecnologia, línguas, e três mestrados em ciências jurídicas e
forenses, económicas e engenharia civil.
Com cerca de 10 mil estudantes, 400 docentes e 200
trabalhadores, a Unipiaget tem envidado todos os esforços para sua inserção na
comunidade, oferendo serviços, bolsas a estudantes mais carenciados e
cooperando com a administração local na inserção de estudantes no mundo
laboral.
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